domingo, 24 de junho de 2012

"Todos juntos somos fortes, somos flecha e somos arco..."



Esperteza, Paciência
Lealdade, Teimosia
E mais dia menos dia
A lei da selva vai mudar


Tive uma pequena baixa no início da semana, que começou com muita dor, devido ao acidente de semana passada e agravou-se com um (a princípio) resfriado que se revelou gripe com tudo a que tem direito: ardência nas vias respiratórias, febre, falta de ar e muita tosse. Necessitei de alguns dias de repouso absoluto.  Mesmo nesse estado, acompanhei atentamente a Rio+20.

O saldo que faço do evento é que foi um grande equívoco do ponto de vista prático e uma festa de democracia e diversidade, com seus eventos paralelos e populares. Essa parte foi o verdadeiro evento, com sua autenticidade e suas propostas reais e sólidas. Uma pena que nossos dirigentes não estiveram à altura dessa demanda, jogando fora a oportunidade de inserir na agenda mundial a sustentabilidade como melhor alternativa viável à crise existente.

Está mais que provado que governos não representam os legítimos interesses da sociedade. Não temos que e não precisamos depender de governos para estabelecer nossa agenda. Nós temos que fazer. “Todos juntos, somos fortes”.

O mundo é feito de pessoas, não de governos. Está mais que na hora da sociedade civil se fazer representar por ela mesma. Ela é quem faz acontecer.

Essa foi a grande mensagem que a Rio+20 nos deixou. As propostas existem. Vamos fazer acontecer. Vamos arrumar nosso quintal, para arrumar o mundo. Como diz a propaganda de jornal: “Eu e você já são dois gritando”.

domingo, 17 de junho de 2012

"Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia."

Hoje me peguei pensando sobre um post que escrevi ano passado, "O acaso não protege quem anda distraído...". Tenho me distraído muito ultimamente, deixando levar pela roda viva e não focando no que é essencial. Deu no que deu. Quando a gente não leva a vida, ela nos leva e, normalmente, para onde não queremos.

Para quem não sabe, na quinta feira um tombo besta (uma virada de pé na rua) me fez baixar no hospital com lesão na costela. Ainda tenho que pegar os exames feitos para voltar a um médico e bla, bla, bla... Até aí, nada demais, não fosse minha rotina: mãe de três meninos (sendo que o mais novo está com dois anos e oito meses), um em cada escola diferente, mais afazeres domésticos, trabalho (em andamento e procurando por mais), afazeres pessoais... Eu, ainda bem, muito dificilmente fico de cama ou de repouso. Tenho boa alimentação, boa constituição física e isso ajuda bastante. Nesse momento, entendo perfeitamente quando dizem que "Mãe não pode ficar doente". Por mais que tenhamos quem cuide de nós (e eu tenho, meu marido está sendo dez, como sempre e meus mais velhos fazem o que podem), tudo desanda se não tem nossa mão guiando.

Parada estratégica??? Acho que não... :/

Semana passada começou oficialmente a Rio+20. Vou acompanhar atentamente o evento, embora não esteja nele tão presente como gostaria. Vou arrumar minha vida, para depois ajudar a arrumar o mundo. Porque a sustentabilidade começa com nossa casa e com nosso quintal.

"Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia." (Tolstói).

terça-feira, 12 de junho de 2012

Lugar de criança é na escola ou brincando!!! #semtrabinfantil Blogagem Coletiva de Combate ao Trabalho Infantil

Segundo a OIT, a prática do trabalho infantil atinge 215 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo. Aqui no Brasil, 132 mil domicílios são chefiados por crianças. Para mobilizar as pessoas a combater esse mal da nossa sociedade, há dez anos, foi instituído o dia 12 de junho como o Dia Internacional do Combate ao Trabalho Infantil. O Brasil instituiu a data em 2007. Durante a semana de 11 a 15/06, uma rede formada por ONGs, jornalistas, blogueiros, educadores, fóruns, conselhos tutelares, municípios e demais cidadãos engajados apresentará campanhas, palestras, seminários e várias outras atividades.


Dentre essas atividades, está a blogagem coletiva pelo Dia Internacional de Combate ao Trabalho Infantil, proposta pela Samantha Shiraishi, do blog A Vida Como A Vida Quer, que ocorrerá simultaneamente a diversas ações voluntárias pelo dia de hoje. Convido meus amigos blogueiros e com perfis nas redes sociais a participar. No Twitter, haverá manifestação especial das 14:00 às 16:00, utilizando a hashtag #semtrabinfantil, mas durante todo o dia podemos dar nossa contribuição.

Somos atualmente considerados a 6ª maior economia do mundo, ultrapassando o Reino Unido em termos de PIB. Somos "investment grade", o que, em tese, significa que temos solidez em nossa economia, estabilidade política, capacidade de honrar pagamentos e fatores sociais, como por exemplo distribuição de renda, são aceitáveis. Será mesmo?

Análises e discussões financeiras à parte, o fato é que o país tem muito dinheiro, mas continua pobre. A renda continua concentrada nas mãos de uma minoria, o nível educacional é baixo e as condições de ensino, por padrão, são precárias. Entre as mazelas presentes e enraizadas, o trabalho infantil é a mais cruel, pois tira de milhões de crianças o direito de viverem plenamente sua infância.

O trabalho escravo e infantil são realidade em nosso país, que utiliza em vários setores da cadeia produtiva esse tipo de mão de obra. É preciso conscientizar empresários e, principalmente, consumidores a não comprarem de empresas que utilizem desse método para produzir. Temos que nos responsabilizar por nossas atitudes e o consumo consciente é uma arma poderosa para mudarmos esse cenário.

Além das empresas, nos lares esse tipo de trabalho também é utilizado, seja em forma de "ajuda", seja em forma de contratação direta de crianças para desempenhar atividades domésticas. Uma coisa é a criança participar proporcionalmente à sua idade das atividades cotidianas da família, o que é saudável e que dá, desde cedo, noção de responsabilidade. Outra, bem diferente, é a criança ser obrigada a desempenhar tarefas que seriam de adultos, quando deveria estar brincando ou estudando.

É prática cultural, enraizada e cruel, que tem que ser combatida com todos os meios, sendo dever de todos a proteção às crianças e seus direitos.
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