sexta-feira, 14 de junho de 2013

Série Manifestações - Post 1 - Que bom que não somos pacíficos! #protestomaterno

Update: essa postagem faz parte da blogagem coletiva e de uma série sobre as manifestações que estão acontecendo em todo o país. Continue a série, lendo o post 2 aqui.

#protestomaterno Mães unidas por um Brasil melhor. Participe!!!!



As grandes mudanças acontecem sob revoluções. Não fosse assim, ainda estaríamos sob a mão de ferro da ditadura. Esta acabou por conta de um acordo capenga e capcioso, isentando os militares de todos os seus crimes, em prol da volta da democracia. Mas, até chegar a esse "acordo", muitas manifestações aconteceram e o governo se viu pressionado. É louvável priorizarmos as manifestações pacíficas, mas ser pacifista não significa ficar calado, baixar a cabeça e ficar no seu sofá mandando mensagens pelo Facebook. A internet, mais uma vez, através da mobilização das redes sociais, mostrou sua força. Mas nem por isso a rua deixou de ser o local certo para gritarmos e exigirmos.


Elinaria Andrade - Agência O Globo

Elinaria Andrade - Agência O Globo

Os governadores Sérgio Cabral e Geraldo Alckmin têm razão. As manifestações são atos políticos. Mas não são atos partidários, tampouco criminosos. São manifestações políticas da população. Aparentemente, não existe um comando central. É um mosaico que se formou contra desmandos, contra passagem cara e serviço de qualidade inferior, contra impostos pagos sem contrapartida à população. Nunca foi por causa de 20 centavos.

De parte da mídia, foi preciso que jornalistas fossem atingidos para que esta passasse a cobrir os acontecimentos com mais isenção. Literalmente, teve que cortar a própria carne. Porque, até então, os manifestantes não passavam de vândalos e baderneiros. Até que a polícia mostrou a que veio.


Diego Zanchetta - Agência Estado

São Paulo, por exemplo, vive um período de vergonha. Durante a Virada Cultural, a polícia permitiu que houvessem arrastões e assaltos, por pura omissão. Latrocínios acontecem praticamente todos os dias. Ninguém mais janta num restaurante sem medo. Quantas vidas de cidadãos já foram ceifadas pelo crime, só nos últimos meses? Agora, a polícia agiu. Mas não contra bandidos, contra a população, que paga seu salário com seus impostos, não tem segurança e ainda toma borrachada quando se manifesta. Prefeito da cidade e governador do estado estavam em Paris. 

A Polícia Militar de São Paulo é notoriamente violenta. Curiosamente, isso não reflete em melhoria na segurnça pública...


Michel Filho - Agência O Globo

Michel Filho - Agência O Globo

Rodrigo Paiva - Agência Estado

O que as pessoas têm que entender é que protestos são necessários para que digamos que estamos descontentes. E que não existe protesto pacífico. Aiás, estamos há muito tempo pacíficos. Temos, sim, que deixar de ser. Temos o voto, mas temos também a força de milhões gritando. As tarifas podem até não baixar, pode ser um estopim apenas. Mas, agora, os governantes sabem que tem gente que não fica mais calada.

Nós é que somos os donos, nós é que pagamos a  conta. Eu quero ver mais manifestações, no Rio, em São Paulo, no Nordeste, em Brasília... Como mulher, mãe e cidadã, quero ter o controle do Estado e do Sistema que sustento. E quero que funcionem a meu favor.


Elinaria Andrade - Agência O Globo


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